A
eficácia da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) para o tratamento da
depressão não é novidade para quase uma centena de clínicas que já oferecem o
tratamento no Brasil. Embora a literatura médica e o registro na ANVISA já
autorizassem o médico a fazer uso clínico do método desde que o Estimulador Magnético Neuro-MS obteve o registro, em 2007, a
publicação de um parecer do Conselho Federal de Medicina é um marco importante
no reconhecimento do papel das técnicas de neuromodulação no tratamento da
depressão.
Pareceres
e resoluções do CFM cobrem apenas uma pequena fração dos procedimentos e
condutas médicas. O pedido de um parecer sobre a EMT tramitava desde 2008 e
nasceu de desinformação sobre o método dentro do próprio meio médico. Um
parecer não fundamentado, publicado em 2008, chegou a ser contrário à aceitação
do método e só recentemente esse parecer foi revisto à luz da literatura médica
e agora é publicado com nova conclusão.
Outra técnica tradicional de
Neuromodulação, a Eletroconvulsoterapia, já foi objeto de resolução do CFM em 2002. Ainda hoje poucos psiquiatras
consideram a indicação da Estimulação Magnética Transcraniana no tratamento de
depressão quando a primeira medicação anti-depressiva não tem a eficácia
esperada ou não é tolerada. Os médicos que já incluem o método entre as opções
terapêuticas têm agora o apoio do parecer a lhe facilitar a divulgação
científica da técnica entre seus colegas e pacientes.
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