sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Nova pesquisa indica que a meditação fortalece o cérebro

Pesquisadores americanos descobriram mais evidências de que meditar fortalece o cérebro. Estudos anteriores feitos pela Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, já haviam sugerido que meditar durante anos torna o cérebro mais espesso e fortalece conexões entre células cerebrais.

As novas pesquisas feitas pela mesma equipe californiana revelaram ainda mais benefícios associados à prática. Os resultados foram publicados pela revista Frontiers in Human Neuroscience.


O cientista Eileen Luders e seus colegas do Laboratory of Neuro Imaging da UCLA dizem ter encontrado indícios de que pessoas que meditam durante muitos anos têm quantidades maiores de dobras no córtex cerebral do que pessoas que não meditam. Isso poderia acelerar o processamento de informações.

A equipe também encontrou uma relação direta entre a quantidade de dobras e o número de anos durante os quais a pessoa meditou. Isso pode talvez ser mais uma prova da neuroplasticidade do cérebro - a habilidade do órgão de se alterar, ou se adaptar, em resposta a estímulos externos.

O córtex é a camada externa do cérebro e tem papel fundamental na memória, atenção, pensamento e consciência. Os dobramentos corticais são o processo pelo qual a superfície do cérebro se altera para criar sulcos e dobras. Sua formação pode promover e melhorar os processos nervosos.

Presume-se, portanto, que quanto mais dobras se formam, maior a capacidade do cérebro de processar informações, tomar decisões e formar memórias. "Em vez de simplesmente comparar pessoas que meditam com as que não meditam, queríamos ver se havia uma relação entre a quantidade de prática da meditação e o grau de alteração do cérebro", disse Luders. "Quer dizer, associar o número de anos de meditação com a incidência das dobras".

Os pesquisadores fizeram exames de ressonância magnética em 50 praticantes de meditação - 28 homens e 22 mulheres. Esse grupo foi comparado a outro, de não praticantes, com idade e sexo equivalentes. Os praticantes haviam meditado em média 20 anos. Os tipos de meditação eram variados, entre eles, Zen e Vipassana.

A equipe disse ter encontrado grandes diferenças na incidência das dobras em participantes que praticavam meditação. Para os pesquisadores, a revelação mais interessante foi a correlação positiva entre o número de anos de meditação e a quantidade de dobras, especialmente em uma estrutura do cérebro conhecida como ínsula.

Sabe-se que essa estrutura está associada às emoções humanas. E que lesões na ínsula podem resultar em apatia, perda de libido e alterações na memória. "Talvez (a descoberta) mais interessante tenha sido a relação positiva entre o número de anos de meditação e a quantidade de dobramentos insulares".

Emoção e raciocínio

Luders mencionou estudos anteriores que indicam que a ínsula funcionaria como um integrador entre a emoção e o raciocínio. "Pessoas que meditam são conhecidas por serem mestras em introspecção e consciência, assim como em controle emocional e autorregulação, então os resultados fazem sentido - quanto mais tempo alguém medita, maior a a incidência das dobras na ínsula".

Luders adverte que fatores genéticos e ambientais podem ter contribuído para os efeitos observados. Ainda assim, "a relação positiva entre as dobras e o número de anos de prática dá suporte à ideia de que a meditação aumenta a incidência das dobras".

 

CFM publica parecer reconhecendo a Estimulação Magnética Transcraniana

A eficácia da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) para o tratamento da depressão não é novidade para quase uma centena de clínicas que já oferecem o tratamento no Brasil. Embora a literatura médica e o registro na ANVISA já autorizassem o médico a fazer uso clínico do método desde que o Estimulador Magnético Neuro-MS obteve o registro, em 2007, a publicação de um parecer do Conselho Federal de Medicina é um marco importante no reconhecimento do papel das técnicas de neuromodulação no tratamento da depressão.

Pareceres e resoluções do CFM cobrem apenas uma pequena fração dos procedimentos e condutas médicas. O pedido de um parecer sobre a EMT tramitava desde 2008 e nasceu de desinformação sobre o método dentro do próprio meio médico. Um parecer não fundamentado, publicado em 2008, chegou a ser contrário à aceitação do método e só recentemente esse parecer foi revisto à luz da literatura médica e agora é publicado com nova conclusão. 

Outra técnica tradicional de Neuromodulação, a Eletroconvulsoterapia, já foi objeto de resolução do CFM em 2002. Ainda hoje poucos psiquiatras consideram a indicação da Estimulação Magnética Transcraniana no tratamento de depressão quando a primeira medicação anti-depressiva não tem a eficácia esperada ou não é tolerada. Os médicos que já incluem o método entre as opções terapêuticas têm agora o apoio do parecer a lhe facilitar a divulgação científica da técnica entre seus colegas e pacientes. 


Veja a íntegra do parecer CFM nº 37/11 aqui e a íntegra da Resolução 1986-2012 aqui.

Dra. Vanessa T. Muller no Jornal de Teresópolis


Eletroneuromiografia é um exame que permite avaliar todos os componentes da unidade motora, que podem sofrer lesões em doenças ocupacionais (do trabalho), traumáticas (acidentes de motocicletas, de carro ou por armas de fogo ou branca), ou doenças metabólicas (diabetes) e degenerativas. No município de Teresópolis, somente o Hospital São José (HSJ) disponibiliza a técnica, que é realizada pela neurologista Vanessa Teixeira Müller, mestre e doutoranda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pioneira no estado no tratamento da depressão via Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva.

"O exame é necessário para avaliação e tratamento de pacientes de diversas áreas médicas, especialmente ortopedia, neurologia, neurocirurgia, fisiatria, medicina do trabalho, reumatologia, endocrinologia, oncologia e clínica médica. Algumas doenças como a Síndrome do Túnel do Carpo e Polimiosite, por exemplo, geralmente necessitam de um estudo neurofisiológico", explica a médica, que já realizou mais de 3 mil exames em pacientes de todas as idades. Vanessa conta que o procedimento dura certa de 20 minutos e, ao contrário do que muitos pensam, é pouco dolorido. "A eletroneuromiografia é realizada em duas fases: na primeira promovemos a estimulação elétrica dos nervos e, na segunda, captamos a atividade elétrica gerada no interior dos músculos com a utilização de eletrodos parecidos com agulhas de acupuntura, descartáveis, muito finas, causando pouquíssimo ou nenhum desconforto".

Além desse exame, a médica realiza no HSJ a aplicação da toxina botulínica - que originou o botox utilizado em âmbito estético. "É utilizada para o tratamento de rigidez muscular - sequela muito presente em pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) -, distonias, paralisia entre outras, etc. Embora a maioria das pessoas não saibam, o botox é uma toxina originalmente utilizada para tratamentos neurológicos e sua utilização estética é uma descoberta posterior", explica Vanessa.

A Neurofisiologista atende pacientes de convênios e particulares todas as quintas-ferias no HSJ, a partir das 8h. "Estou atendendo certa de 15 pacientes por dia e a agenda está lotada", comenta.


Outro método realizado pela médica no São José é a Estimulação Magnética Trasncraniana, que diagnostica e trata pacientes com depressão, esquizofrenia, mal parkinson, AVC, entre outros.

Fonte: Jornal de Teresópolis